Mulher
qual é o seu espelho?
Com um “Sereis como o Homem” hoje a serpente seduz
muitas mulheres para simplesmente abandonar o que realmente Deus concebeu com a
dignidade feminina. Na Carta apostólica do Bem-aventurado Papa João Paulo II
sobre a Dignidade da Mulher (Mulieris Dignitatem), ele nos diz referindo-se ao
texto bíblico de Gêneses 3,16 que a consequência do pecado original, gerou uma
ferida na ordem moral, uma perca na estabilidade e igualdade fundamental na
unidade do homem e da mulher. Isso quer dizer que o homem e a mulher viviam em
plena harmonia, que Eva não tentava fazer o papel de Adão, e nem Adão o de Eva
porque cada um vivia conforme a sua particularidade. E nos lembra também que homem e mulher em questão de dignidade são iguais, pois são imagens e semelhança de Deus, e segue
dizendo: “A mulher – em nome da liberdade do domínio do homem - não pode tender
à apropriação das características masculinas, contra a sua própria
originalidade feminina”(Mulieris Dignitatem).
O “ser mulher” é muito mais que meras características
masculinas, o “ser mulher” está na sua vocação para a maternidade, a sua
delicadeza natural. Os dons que Deus orna a sua Imagem e semelhança são únicos,
é isso que a torna “Mulher”, negar esses dons é negar a essência e se negarmos
a essência nos tornamos meras criaturas sem disponibilidade e sem reflexo e
esplendor do Criador. “Por isso, cada mulher é aquela única
criatura na terra que Deus quis por si mesma. Cada mulher herda do ‘principio’
a dignidade de pessoa precisamente como mulher” (Mulieris Dignitatem).
O homem como um “Todo” é entendido:
homem e mulher, cada qual desempenhando o seu papel na sociedade, é
inconcebível que a mulher exerça um papel que não seja dela, um papel masculino, porque para nós seria escândalo se homem concebesse e desce à luz,
no mínimo ele passaria por ridículo, pois ele estará realizando um papel que
não é dele e isso faz com que ele perca sua personalidade original.
Quando pensamos em revolução feminista logo vem em
nossa mente à imagem de mulheres oprimidas psicologicamente e fisicamente, queimando
sutiãs em praça pública, mulheres sem
voz e sem vez, sem nem uma dignidade, mais essa não é a situação das feministas
que conhecemos. São mulheres de classe média, com grau superior, que usam o
belo bordão: “Por que as mulheres estão sendo massacradas pela sociedade
machista”. Que motivadas por um desejo de “liberdade” (que no fundo é uma
libertinagem), se aprisionam em um universo estritamente masculino, deixam de
ser feminina para ser machistas e ainda dizem que tem o direito de decidir, lutar
por uma “liberdade” que simplesmente as transformaram em maquinas do prazer. Sim,
é isso que elas querem quando falam sobre o aborto: “Sou eu que mando no meu
corpo, por isso faço dele o que quero”.
A Igreja Católica nos dá exemplos de grandes mulheres:
Beata Madre Teresa de Calcutá, Santa Teresa Benedita (filosofa), Santa Gianna
Berreta Molla (Medica) e no patamar acima de todas essas, Maria Santíssima, que
para Santa Teresa Benedita: ”Se Maria é o
protótipo da genuína feminilidade, a imitação de Maria deve ser o fim da
formação da jovem”, nem uma delas
tentou ser Jesus ou o Papa, foram simplesmente: mulheres (no mais belo
significado dessa palavra), comprometidas com o seu chamado e com a sociedade,
principalmente, comprometidas com Deus, e assim elas nos deixaram os exemplos
de dignidade e fortaleza feminina.
E sempre ficará em nós aquela pergunta
da Sagrada Escritura: Uma mulher forte quem a encontrar?(Pr 31,10).
E a nossa resposta vem no Novo
Testamento: “O Poderoso fez em mim Maravilhas”. (Lc 1,49).
“Em
Maria, Eva redescobre qual é a verdadeira dignidade da mulher, da humanidade feminina.
Esta descoberta deve chegar continuamente ao coração de cada mulher e plasmar a
sua vocação e a sua vida.” (Mulieris Dignitatem)
.
Ir. Teresa Luísa do Sacratíssimo Coração
de Jesus.
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