Mês de sol e de flores... mês de
Maria, coroando o tempo pascal. Maria apareceu sobre a terra para preparar a
vinda de Jesus, viveu à sua sombra, ao ponto de não a vermos no Evangelho senão
como a Mãe de Jesus, a segui-Lo, a velar por Ele; e quando Jesus nos deixa, Ela
desaparece suavemente. Desaparece, mas fica na memória dos povos, porque lhe
devemos Jesus. Com a prática do mês de Maio, ao exteriorizarmos a devoção que lhe
temos, demonstramos á Virgem
Santíssima um pouco do nosso amor.
Assim estaremos a cumprir a seguinte profecia: “Eis que todas as gerações me
proclamarão bem-aventurada!”
No meio da dor ou da alegria muitos cantam
os seus louvores à Mãe de Deus. É um clamor ininterrupto por toda a terra, que
atrai todos os dias a misericórdia de Deus sobre o mundo e que não se explica
senão por um expresso querer divino... “Meu Filho quer estabelecer no mundo a
devoção ao meu Imaculado Coração!” ( Fátima - 1917).
Há séculos que o mês de Maio é o mês de
Maria por excelência. Este tempo forte de devoção à Virgem nasceu do amor que
sempre em novas formas se exprime, e da reação contra os costumes pagãos que
existiam em muitos lugares no mês das flores. Isto remonta ao século XVI, mas é
sobretudo a partir do século XVII, que desde Espanha se espalhou para todo o
mundo. Ao longo dos dias deste mês, os cristãos oferecem a Nossa Senhora especiais práticas que os levam
a estar mais perto da Mãezinha do Céu. O amor inventou numerosas formas de
tratá-la e honrá-la e a Igreja fomentou e abençoou constantemente essas
devoções como caminho que conduz ao Senhor, porque Maria é sempre o caminho que
conduz a Cristo. Todo o encontro com Ela não pode deixar de terminar num
encontro com o próprio Cristo.
O que significa um contínuo recurso a
Maria para procurar entre os seus braços, n’Ela, por Ela e com Ela, a Cristo
Nosso Senhor. Surge assim em nós o desejo de procurar a intimidade com a Mãe de
Deus, que é também nossa, de conviver com Ela como se convive com uma pessoa
viva, já que sobre Ela não triunfou a morte, antes Ela está de corpo e alma
junto de Deus Pai, junto de seu Filho, junto do Espírito Santo.
Expressemos nossa devoção para com Maria e
também propaguemos estas práticas de amor a todos aqueles que a Divina
Providência colocar em nosso caminho. Eis alguns exemplos: Levemos flores para
os altares de Nossa senhora, velas, cantos, orações (principalmente a recitação
do rosário quotidiano) ou até mesmo o empenho em levar uma pessoa que estava
afastada à Igreja. Este é o mês das glórias e das graças de Maria, pois neste
tempo honramos a Virgem como a medianeira de todas as graças. São graças de
todos os tipos que Ela doa, amorosamente, a quem celebra este mês... Graças de
progresso espiritual, de renovação de vida, de conversão, e graças temporais
diversas. O Papa Paulo VI exortou-nos: “Exatamente porque o mês de Maio nos
leva assim a orarmos com maior intensidade e confiança, e porque durante ele as
nossas súplicas encontram mais fácil acesso até o Coração misericordioso da
Virgem Maria, aprouve aos nossos predecessores escolher este mês consagrado a
Maria para incitarem o povo cristão a orações públicas, todas as vezes que o
requeriam as necessidade da igreja, ou algum perigo ameaçador que pairasse
sobre o mundo.”E não é, atualmente, o nosso tempo o mais necessitado da ajuda
da Mãe celeste? Vamos pois confiantes a Ela, o trono da graça, para alcançarmos
a Misericórdia.
Ir. Luísa Maria de Montfort
0 comentários:
Postar um comentário