sexta-feira, 25 de maio de 2012

O modernismo e suas consequências

Vários desses tradicionalistas reacionários (= reacionários porque sua postura é de fechamento e cega reação a qualquer renovação na teologia e na vida da Igreja, num apego míope e doentio a um passado que passou, como todo passado...) escrevem-me acusando-me de modernista... Tenho dito que estou em ótima companhia; porque, para essa gente, modernistas são João XXIII, Paulo VI, João Paulo II, Bento XVI, o Episcopado e toda a Igreja atual. Esse pessoal já não tem capacidade de permanecer de coração numa comunhão leal e honesta com Roma nem tampouco tem coragem de ir logo embora com os lefebvrianos... No entanto, de coração, enquanto forma mental, já romperam sua comunhão com a Igreja de Roma... e tudo isso em nome de uma idéia de uma ortodoxia e de uma Tradição que se fundamenta em concepções totalmente equivocadas e estranhas ao catolicismo...
Coloquei no site (no link “Artigos”, o texto “O Modernismo e os tradicionalistas paranóicos” e no link “Doutrina Católica”, o texto “Site Montfort, tradicionalistas, integristas e males congêneres), de modo bem didático, uma exposição para esclarecer aos que com reta intenção desejam saber sobre a questão da crise modernista, da posição do magistério na época e da situação atual em torno dessa questão. Assim, espero ajudar aqueles católicos que se sentem confusos com as alegações descabidas desses tradicionalistas de que o Vaticano II é modernista e a doutrina dos papas atuais está eivada de modernismo.
Uma coisa é certa: deve-se evitar dar ouvidos e discutir com esse pessoal. É perda de tempo, pois eles são fundamentalistas – e o fundamentalismo é uma doença do espírito, do mesmo modo que o integrismo, que os afeta. Eles fazem com o magistério (de Pio IX a Pio XII) o que os protestantes fazem com as Sagradas Escrituras: citam, citam, citam com pompa e aparente erudição... esbaldam-se em “reverências” e “senhorias”, numa linguagem do final do século XIX e início do XX (tempo da crise modernista, onde a cronologia deles fixou-se patologicamente)... e quanto mais citam, mais desaprumam o passo, pois a erudição deles é falsa. Assim, que quando alguém os lê, pode constatar claramente como vivem num outro mundo, num outro tempo e num cristianismo absolutamente alheio ao Evangelho e à vida da Igreja. Pena que, pouco a pouco, irão se afastando de tal modo que já não terão mais nenhuma comunhão efetiva com a Igreja de Cristo. E quanto mais pensam que estão certo, mais cegos ficam...
É assim: não há cisma ou heresia que tenha surgido na Igreja sem a ilusão de estar defendendo a verdade... O comum a todos é que teimaram em colocarem-se como árbitro da Igreja de Roma, do Sucessor de Pedro e de um Concílio Ecumênico! É ilusão propalar fidelidade aos papas do passado e negá-la ao Papa do presente...

Fonte:www.domhenrique.com

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