No evangelho Jesus afirma algo
surpreendente: “A messe é grande, mas os operários são poucos!”
Portanto, uma crise vocacional que já dura dois mil anos...
A messe sempre será grande e os operários sempre serão poucos. Essa
incapacidade, essa pobreza de recursos sempre fará parte da dinâmica do
Reino, um Reino que, ao fim das contas, manifestou-se de modo eminente
no Crucificado e na sua cruz...
Hoje, mais que nunca,
sente-se a necessidade de operários. Ante o tsunami pagão que os meios
de comunicação de massa divulgam, ante a verdadeira avalanche de
anti-cristianismo, parece que os mensageiros do Evangelho são
absolutamente incapazes e insuficientes de possibilidade e de número...
Vem, então, a tentação
danada – e há tantos na Igreja que a defendem – de abrandar o
Evangelho, de mitigar as exigências da moral cristã e do ideal de
santidade: por que não permitir uma vida sexual mais “livre” para os
cristãos? Por que não acabar com a obrigatoriedade do celibato
sacerdotal? Por que não permitir o aborto e aquelas malditas
experiências pseudo-científicas com embriões humanos? Por que não
permitir o casamento gay (essa minoria tão poderosa, com lobbys tão
poderosos, a ponto de calar os cristão, calar a enorme maioria
heterossexual com seu discurso falso e babado)? Um cristianismo mais
brando, uma Igreja que renunciasse a proclamar a Verdade e se
contentasse em balbuciar, meio medrosa, uma verdadezinha qualquer,
agradável e popular para o mundo atual...
E, no entanto, o
remédio que Cristo propõe é surpreendente, inesperado: “Pedi ao Senhor
da messe que envie operários para a sua seara!” A Igreja não é nossa; é
de Cristo! A força do Reino não vem de nossas pirotecnias e mágicas para
tornar o Senhor palatável e compreensível para o mundo. Neste sentido,
na segundo leitura, o maior missionário do cristianismo, São Paulo,
afirma sem rodeios: “Por causa de Cristo eu estou crucificado para o
mundo e o mundo para mim!”
Portanto, cristãos sem
medo, cristãos corajosos da coragem do Reino, cristãos sem medo de
apostar no único necessário. É aí, e não num anêmico conformismo com o
mundo, que reside a força da Igreja e a alegria dos cristãos. Valerá
sempre a sentença inexorável do Apóstolo: “Se eu quisesse agradar os
homens seria inimigo de Cristo!”
Fonte:www.domhenrique.com.br
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